Muito mais crítico de Trump II do que de Trump I, o ex-ministro não se esquece de que a prestação de Joe Biden também não foi um exemplo extraordinário de multilateralismo. No entanto, é importante lembrar que a presidência de Biden ainda está em seus estágios iniciais e, portanto, é cedo para fazer julgamentos definitivos sobre sua atuação no cenário internacional.
É inegável que a política externa dos Estados Unidos nos últimos anos foi marcada por uma abordagem unilateral e agressiva, especialmente durante a gestão de Donald Trump. No entanto, com a saída do ex-presidente e a chegada de Biden, muitos esperavam uma mudança significativa nessa postura. No entanto, o ex-ministro, que prefere manter-se anônimo, afirma que a atuação de Biden também não tem sido exemplar no que diz respeito ao multilateralismo.
Um dos principais pontos de crítica do ex-ministro é a atuação de Biden em relação à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Segundo ele, é necessário que ocorra uma clarificação sobre a aliança durante a cimeira de Haia. A NATO é uma aliança militar entre países da Europa e da América do Norte, criada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de garantir a segurança e a defesa coletiva dos seus membros.
No entanto, nos últimos anos, a NATO tem enfrentado desafios e questionamentos sobre sua relevância e eficácia em um mundo em constante mudança. Além disso, a aliança tem sido alvo de críticas de alguns países membros, principalmente por conta dos gastos militares desproporcionais entre os seus integrantes.
Diante desse cenário, é compreensível que o ex-ministro esteja aguardando uma clarificação sobre a NATO durante a cimeira de Haia. É preciso que os líderes dos países membros discutam e cheguem a um consenso sobre o papel e a importância da aliança, bem como sobre possíveis reformas e mudanças que precisam ser feitas.
No entanto, o ex-ministro também destaca que a Europa precisa assumir uma postura mais ativa e ter uma política diplomática mais forte. É preciso que os países europeus se unam e trabalhem em conjunto para fortalecer a sua defesa comum e garantir a segurança da região. Afinal, a Europa tem uma grande importância no cenário internacional e precisa assumir um papel mais proativo e protagonista nas questões globais.
É importante lembrar que a atuação de Biden em relação à NATO e à Europa pode ser influenciada por sua política interna. O presidente norte-americano enfrenta desafios e divisões em seu próprio país, o que pode afetar a sua atuação no cenário internacional. Portanto, é necessário ter paciência e esperar para ver como a sua presidência irá se desdobrar nos próximos anos.
Além disso, é importante destacar que Biden já tomou algumas medidas que demonstram uma postura mais multilateralista em relação ao governo anterior. Ele anunciou a volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o clima e também à Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ter buscado uma maior aproximação com a União Europeia.
Em resumo, é preciso ter cautela ao fazer julgamentos sobre a atuação de Biden no cenário internacional, pois ainda é cedo para tirar conclusões definitivas. No entanto, é necessário que os países europeus assumam uma postura mais ativa e trabalhem em conjunto para fortalecer a sua defesa comum e garantir a segurança da região. A cimeira de Haia pode ser um passo importante nesse sentido, e esperamos que a partir dela a Europa possa ter uma política diplomática mais forte e unificada.