O modelo económico atual está em constante evolução e reconfiguração. Nos últimos anos, temos testemunhado mudanças significativas no panorama económico global, com a emergência de novas potências e a ascensão de novas formas de comércio e negócios. Nesta dinâmica, os Estados Unidos têm sido um dos principais atores, buscando manter sua posição dominante no cenário global. No entanto, a resposta americana atual é mais do que uma tentativa de manter sua hegemonia, é uma tentativa de produzir uma nova hegemonia.
A hegemonia, no contexto económico, é entendida como a liderança e influência de um país sobre os demais no sistema de comércio internacional. Durante décadas, os Estados Unidos foram os principais protagonistas dessa hegemonia, liderando os acordos comerciais, impondo suas políticas e estabelecendo suas empresas como líderes globais. No entanto, com o surgimento de novas potências, como a China, e a ascensão de novos modelos económicos, essa hegemonia americana passou a ser questionada.
Nesse sentido, o processo de reconfiguração do modelo económico está em curso, e os Estados Unidos estão se esforçando para se adaptar a essa nova realidade. Uma das principais estratégias adotadas pelo país é a busca por acordos de livre comércio. O objetivo é manter sua posição como líder global e garantir vantagens competitivas em relação a outras potências emergentes.
Um exemplo disso é o Acordo Transpacífico de Cooperação Económica (TPP), liderado pelos Estados Unidos, que envolve 12 países da região do Pacífico, incluindo o Japão, o Canadá e o México. Esse acordo visa aumentar o comércio entre os países membros e estabelecer regras que favoreçam as empresas americanas. No entanto, após a saída dos Estados Unidos do acordo em 2017, a China tem buscado liderar a criação de um acordo semelhante, o Regional Comprehensive Economic Partnership (RCEP), que inclui 15 países da região da Ásia-Pacífico. Isso evidencia a competição entre as duas potências pelo domínio económico na região.
Além disso, os Estados Unidos têm investido em inovação e tecnologia para manter sua posição de liderança no mercado global. O país é responsável por uma grande parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e tem liderado a corrida tecnológica em áreas como inteligência artificial, internet das coisas e biotecnologia. Ao impulsionar esses setores, os Estados Unidos buscam garantir sua vantagem competitiva e manter sua liderança global nos próximos anos.
No entanto, essa busca por uma nova hegemonia económica não é uma tarefa fácil. O contexto atual é marcado por uma maior interdependência entre os países e uma maior participação de potências emergentes no mercado global. Além disso, a pandemia de COVID-19 trouxe desafios adicionais para a economia mundial, afetando a produção e o comércio em escala global.
Nesse sentido, a resposta americana atual também precisa levar em consideração esses desafios e se adaptar a eles. Uma das estratégias adotadas pelo governo americano é a revisão de suas políticas comerciais, que têm sido alvo de críticas por serem consideradas protecionistas. O atual governo tem buscado uma abordagem mais colaborativa em relação ao comércio, buscando estabelecer parcerias e acordos comerciais mais equilibrados.
Outra questão que os Estados Unidos têm enfrentado é a necessidade de lidar com a desigualdade económica interna. Apesar de ser uma das maiores economias do mundo, o país enfrenta desafios em relação à distribuição de renda e