Nos últimos anos, o turismo tem sido um dos setores mais importantes para a economia portuguesa, representando uma grande fonte de receita e emprego. No entanto, um dos maiores desafios enfrentados pelo setor é a sazonalidade, ou seja, a concentração de turistas em determinadas épocas do ano, deixando outras temporadas com pouca atividade turística.
Para combater esse problema, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), defende que a solução está no desenvolvimento do turismo de longo curso, que consiste em atrair turistas de países mais distantes e com diferentes épocas de férias. Segundo ele, essa estratégia é fundamental para combater a sazonalidade e criar mais receita turística.
Uma das principais vantagens do turismo de longo curso é que ele não depende tanto das condições climáticas ou de fatores sazonais, como feriados ou férias escolares. Isso significa que os turistas podem viajar em qualquer época do ano, o que é extremamente benéfico para o setor turístico português, que sofre com a queda de demanda em determinadas temporadas.
Além disso, Pedro Costa Ferreira também destaca que o turismo de longo curso é capaz de atrair um perfil de turista com maior poder aquisitivo, que busca experiências mais exclusivas e está disposto a gastar mais em suas viagens. Isso pode contribuir para o aumento da receita turística e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico do país.
Outro ponto relevante é que o turismo de longo curso pode ajudar a diversificar a oferta turística em Portugal. Muitas vezes, os turistas que visitam o país ficam restritos às cidades mais turísticas, como Lisboa, Porto e Algarve. No entanto, ao atrair visitantes de países mais distantes, é possível expandir a oferta turística para outras regiões menos exploradas, contribuindo para o desenvolvimento de áreas menos conhecidas e descongestionando os locais mais populares.
Para Pedro Costa Ferreira, é fundamental que Portugal invista em ações de promoção e divulgação do país em mercados de longo curso, como Estados Unidos, Canadá e países asiáticos. Além disso, é necessário que o país invista em infraestrutura, como a ampliação de aeroportos e a melhoria da conectividade com outros destinos, para facilitar o fluxo de turistas.
O presidente da AHP também destaca que é preciso investir em qualificação e formação profissional para atender às demandas de turistas de diferentes países e culturas. Isso inclui o aprendizado de idiomas e o conhecimento de outras culturas, a fim de oferecer uma experiência ainda mais satisfatória aos visitantes.
É importante ressaltar que o turismo de longo curso não deve ser visto como uma alternativa ao turismo de curta duração, mas sim como um complemento. É fundamental que o país continue a investir em outras formas de turismo, como o turismo de praia e o turismo cultural, pois cada modalidade tem seu próprio público e potencial de contribuição para a economia.
Em resumo, Pedro Costa Ferreira defende que o turismo de longo curso é uma estratégia essencial para combater a sazonalidade e criar mais receita turística em Portugal. Investir nesse tipo de turismo é uma forma de diversificar a oferta turística, atrair um perfil de turista com maior poder aquisitivo e expandir o turismo para outras regiões do país. Com ações bem planejadas e investimentos adequados, Portugal pode se tornar um destino turístico ainda mais atrativo e competitivo no cenário internacional.